por: Daniel Azevedo, músico e educador musical.
Certa vez, li uma entrevista com o pianista de jazz norte americano Herbie Hancock (foto à esquerda), onde ele expõe sua visão espiritual acerca do jazz e de seu poder sobre os ouvintes. Segundo Hancock, que foi criado na tradição cristã, tudo começou numa noite de sexta-feira em meados de 1972, quando o pianista e seu grupo tocavam num clube de jazz em Seattle.
O local estava lotado e os músicos podiam sentir a “energia” do público que permanecia completamente absorvido pela música. Em seguida, ele pede à banda para tocar uma nova canção que inicia com um solo de contrabaixo acústico. Na entrevista Hancock descreve a cena da seguinte maneira:

No texto O poder oculto do Jazz III, curiosamente encontramos uma cena parecida onde, no decorrer de uma conversa, Roger Morneau e seu amigo ouvem a seguinte declaração de um músico de jazz bem sucedido:
“Na realidade, os espíritos tomam conta de nós; em outras palavras, eles se apossam de nós e nos dão energia, e nós repassamos essa influência para o público. Eles gostam do que recebem e sempre voltam para buscar mais da mesma coisa”. [2]
Perceba como as cenas se repetem nos dois relatos. Compare as seguintes expressões:
“Na realidade, os espíritos [...] se apossam de nós e nos dão energia, e nós repassamos essa influência para o público. Eles gostam do que recebem e sempre voltam para buscar mais da mesma coisa”.
“E as pessoas estavam fora de si, por ser tão incrível o que ele estava tocando. [...] havia alguma energia que era gerada a partir de Buster”.
Note que há sempre uma “energia” que é gerada e contagia o público, que então está fora de si, como num transe. Não há dúvidas de que há um poder externo e sobrenatural agindo através do fascínio que sentimos pelo jazz, como uma hipnose musical. Mais uma vez, percebemos a música sendo usada como um meio de atrair pessoas para longe do Verdadeiro Caminho.

Porém, as Escrituras nos ensinam:
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14:6
Quando mais jovem estive em duas reuniões budistas onde recitamos, de forma contínua e repetitiva, por aproximadamente trinta minutos, textos escritos em ideogramas chineses e fonemas correspondentes em alfabeto português. As pessoas realmente acreditavam “estar em sintonia com o universo” ao despertarem “a natureza de Buda que está dentro de cada um de nós”.
Crenças como essa anulam por completo a fé no precioso sangue de Jesus Cristo derramado na cruz do Calvário como preço pelos meus pecados, pois sugerem que eu alcance uma perfeição que está, supostamente, dentro de mim mesmo. Um argumento semelhante foi utilizado por Satanás há cerca de seis mil anos:
“[...] vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” Gênesis 3:5
Sua linguagem enganosa continua atraindo a milhares de pessoas através de filosofias que utilizam o conceito do “deus interior”. Essas e outras filosofias semelhantes estão bem presentes entre os músicos de jazz, servindo muitas vezes como fonte de inspiração até mesmo para suas composições. Essa influência é grandiosa sobre seus ouvintes, músicos e admiradores.
O objetivo do adversário de Deus é desviar a nossa atenção da salvação que nos é oferecida mediante a fé no sacrifício de Jesus. Os caminhos e distrações são os mais variados, pois para Satanás, os fins justificam os meios. Conheça e compare suas estratégias lendo O poder oculto do Jazz I, O poder oculto do Jazz II e O poder oculto do Jazz III.
REFERÊNCIAS:
[1] http://www.beliefnet.com/Faiths/Buddhism/2007/10/Herbie-Fully-Buddhist.aspx
[2] Roger Morneau, Viagem ao Sobrenatural (São Paulo: CPB, 2004), p. 20.
"Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;" I Pedro 5:8