A cantora brasileira Ana Caram é mundialmente conhecida, com uma trajetória de sucesso que inclui nove CDs lançados no exterior, além de performances ao lado de nomes como Tom Jobim, Stanley Clarke, Paquito D’Rivera e outros músicos famosos. Ao descrever suas experiências musicais e espirituais, Ana fala de escolhas que mudaram o rumo de sua vida e de sua arte. Confira!
Fontes de inspiração ou objetos de adoração?
Há uma linha tênue entre manifestar admiração por alguém e torná-lo objeto de adoração. Pense nos ídolos da música que atraem milhares de fãs aos seus shows. Seus admiradores investem tempo e dinheiro consumindo um “pacote de serviços” que inclui músicas, vídeos, imagens, hábitos, linguagem, vestuário, corte de cabelo e outros itens. Suas mensagens e atitudes influenciam poderosamente o comportamento de seus seguidores. A admiração toma a forma de idolatria.
Na adolescência, a música predominante no meu círculo de amizades era o rock e o heavy metal. Aparentemente, toda aquela informação musical e visual era inofensiva. Letras, roupas, gestos e símbolos pareciam não me influenciar, mas estes aspectos eram parte de um estilo de vida que, pouco a pouco, moldava as minhas atitudes. Com o tempo, comecei a refletir no meu modo de vestir, falar e agir, as características daquilo que eu contemplava. Meu comportamento revelava a quem eu seguia, a quem imitava e a quem adorava.
Muitos jovens buscam uma identidade, um grupo que os compreenda e os aceite. Na maioria das vezes, como no exemplo acima, a música é quem os guia. Pessoas demasiadamente expostas a um determinado estilo musical ou cultura são fortemente influenciadas. A mudança é nítida e inevitável.
Lembro-me de quando assisti a alguns shows destas bandas. A atmosfera era semelhante a um culto, onde uma massa humana imitava seus gestos e entoava suas canções, que falavam essencialmente sobre ocultismo e adoração.
Mais tarde, meu gosto musical mudou bastante. Procurei conhecer diferentes estilos onde houvesse maior destaque para o contrabaixo. Eu desejava aprender novas técnicas e me aprofundar no estudo deste instrumento. Passei a ouvir e a admirar músicos de jazz e alguns deles tornaram-se ídolos para mim. Durante longas horas de estudo, eu costumava contemplar fotos e pôsteres de baixistas e outros instrumentistas de jazz já falecidos. Estes se tornaram a minha fonte de inspiração.
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Quem ou o que possui a sua afeição hoje? Pessoas, dinheiro, futebol, cultura, prazer? Está você fazendo disso um deus? Talvez você também seja músico e tenha essa mesma tendência de adorar a outros músicos. Deus, em Sua Palavra, expressa com clareza Sua vontade com relação à adoração:
“Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.” Mateus 4:10
“...caí de joelhos aos pés do anjo que me mostrou essas coisas, e ia adorá-lo. Mas ele me disse: Não faças isso! [...] Adore a Deus!” Apocalipse 22:9
“...e adorai Aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas.” Apocalipse 14:7
“Ao Rei eterno, imortal e invisível, o único Deus – a Ele sejam dadas a honra e a glória, para sempre!” I Timóteo 1:17
Existem inúmeras razões para adorar a Deus, mas quero destacar apenas uma - amor. É impossível conhecer a Deus e permanecer indiferente diante de tão grande amor, que se manifestou por nós em Seu Filho, Jesus Cristo.
Quando percebemos que, apesar de todos os nossos defeitos de caráter, Deus nos ama e deseja que sejamos felizes ao Seu lado, somos inundados com um sentimento misto de vergonha e alegria. Seu amor gera em nós o desejo de servi-Lo, de andar segundo a Sua vontade, de imitar o Seu caráter. Passamos a amá-Lo também e esse amor é o que nos motiva a adorá-Lo de muitas formas, inclusive através da música.
“Com efeito, eu sei que o Senhor é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses.” Salmo 135:5
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Um novo significado para a música
por: Daniel Azevedo
Há muitos exemplos de músicos que alcançaram a excelência em sua arte, massem permitir que quaisquer fatores modificassem seus princípios ou seu caráter. Muitos deles encontraram uma fonte infinita de inspiração em seu relacionamento pessoal com Cristo. A Ele, expressaram sua adoração através de lindas composições.

A imagem ao lado representa o rei Davi adorando a Deus com seu instrumento. Davi escreveu inúmeras canções de louvor, profundamente inspiradas. As letras de suas composições estão registradas nos Salmos, livro poético das Escrituras. Davi adorava a Deus como seu Criador e Mantenedor, sua proteção e auxílio em meio às lutas do viver.
“Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos.” Salmo 19:1
“Na minha angústia, clamo ao Senhor e ele me ouve.” Salmo 120:1
“Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões.” Salmo 51:1
“As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na Tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” Salmo 19:14

Segundo Bach, "o objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser outro além da glória de Deus e a renovação da alma". Costumava concluir suas obras com as iniciais S. D. G. (Soli Deo Gloria), dedicando-as "à glória de Deus somente".
Há algum tempo, venho buscando inspiração nesta mesma Fonte. Nunca antes havia escrito letras de canções, mas como resultado de um relacionamento com Jesus, há muito mais a dizer ou expressar. Há um prazer indescritível em tocar, cantar ou compor músicas que descrevem profundamente aquilo em que acreditamos.
Quando adoramos a Deus através da música, manifestamos amor, gratidão e alegria Àquele que nos ama infinitamente e incondicionalmente. Músicos e ouvintes são envolvidos numa atmosfera de louvor e a música ganha um novo e maravilhoso significado em nossas vidas!
“Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu viver.” Salmo 146:2
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