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Mensagens aos Jovens - Música

Áudio do capítulo 95 - "Música", do livro Mensagens aos Jovens, de Ellen G. White. Aproveite!

Como Satanás usa a música

Neste vídeo, o ex-satanista Gabriel Estêvão revela algumas das estratégias de Satanás por meio da música e da mídia. Assista e compartilhe! 

A música e o culto emocional

Walter Veith e Martin Smith falam sobre a música religiosa como ferramenta no controle das emoções. Confira!
 

O poder da diferença

Trecho do seminário "A Música no Tempo do Fim", apresentado por Leandro Dalla à IASD Central de Santos/SP, em 22/05/2021. Confira!
 

O testemunho de Geraldo Alvim

Nasci em uma família desestruturada. Meus pais eram muito jovens e eram grandemente influenciados pelas tendências do mundo dos anos 1970. Nasci em 1976 e, na mais tenra idade, tive contato com o rock daquela época. Dormia e acordava ouvindo Supertramp, Beatles, Rolling Stones, Queen, Black Sabbath, Ozzy Osbourne, AC/DC, entre outros. Vivi em meio ao rock desde o final dos anos 1980 até 1995, quando houve minha primeira experiência de conversão. Tive minha própria banda de heavy metal (de garagem) onde eu era vocalista e também baixista. Nessa época, eu era muito procurado e até mesmo fui convidado para cantar com outras bandas algumas vezes. Nunca fui usuário de drogas, pois aquilo que eu contemplava nas pessoas ao meu redor, não desejava para mim. 

Estive envolvido com ocultismo, mas sem pensar nas consequências. Costumava também ficar escondido observando os rituais nos centros de umbanda (em Minas Gerais, chamávamos de Pemba ou Macumba). Conheço muito bem as batidas características desses rituais e os efeitos das mesmas sobre as pessoas.

Aos sete anos de idade fui morar com meus avós paternos, que eram católicos praticantes, e tinha contato constante com meu pai. Minha mãe nasceu num lar adventista, mas na adolescência se afastou da igreja, virou hippie e sumiu no mundo. Atualmente, minha mãe também é adventista do sétimo dia. Tive contato com o adventismo por meio de meus avós em Guarapari, Espírito Santo, durante as férias de verão, onde convivia com amigos adventistas no CATRES e os influenciava com meu estilo de vida nada cristão.

Minha conversão inicial ocorreu após uma grande vontade de me entregar definitivamente ao satanismo. Eu era atormentado por pensamentos maus e a música que eu ouvia era como uma ignição para esses sentimentos. Contudo, sempre pensei em não tomar decisões sem antes conhecer ou dar uma oportunidade para o outro lado. Creio que isto era a atuação do Espírito Santo em minha mente. 

Então, em janeiro de 1995, decidi experimentar o cristianismo no CATRES de Guarapari. Aproveitei que estava longe de casa e, mesmo com cabelos compridos e com roupas de roqueiro, acompanhei alguns cultos e me senti tocado pela mensagem. O interessante é que não tive lutas com o demônio e minha decisão foi muito tranquila. Somente muito tempo depois, entendi que estava apenas convencido sobre o cristianismo, pois mesmo dentro da igreja, eu ainda encontrava muito daquilo que me atraía no mundo. Eu podia encontrar, por exemplo, músicas que satisfaziam o meu gosto carnal, embora em um grau reduzido de ênfase rítmica, naquela época. Entre os amigos na igreja, havia também as mesmas conversas frívolas, piadas, festas e jogos que ocupavam meu tempo antes da conversão.

Fui batizado na igreja adventista do sétimo dia em 1995, aos dezoito anos de idade. Durante vinte anos, estive envolvido com a música na igreja cantando primeiro tenor em um quarteto masculino, participando em corais, grupos e no ministério de louvor da igreja local. Minha casa era o local preferido dos irmãos da igreja para festas, churrascadas, peixadas, filmes (downloads feitos por mim), lutas da UFC, jogatina de tabuleiros, cartas, festas juninas e outras temáticas, cantorias de músicas seculares ao som de violão e batucadas, sessões de piadas e conversas frívolas. Eu era o palhaço da turma e minha casa, o ponto de encontro. Hoje, somos apenas três pessoas, eu, minha esposa e nosso filho, pois abandonamos tudo isso.

Uma virada em meus pensamentos aconteceu em 2015, durante um ensaio com amigos músicos da igreja local. Eu demonstrava como tocar uma batida de rock no cajón para acompanhar uma música do CD JA da época, chamada “Maravilhas”. Naquele momento, senti novamente tudo o que sentia no passado, quando ouvia, cantava e tocava rock fora da igreja. Isso foi como um “start” para novas pesquisas e estudos sobre a música que agrada a Deus. O primeiro vídeo que assisti sobre este tema foi “O Dilema da Distração” de Christian Berdahl. Logo depois, conheci os estudos em vídeo de Leandro Dalla. Assim, pouco a pouco, minhas impressões e novos pensamentos sobre reforma na música de adoração foram confirmados.

Após compreender mais sobre a questão musical na igreja e tomar novas decisões na direção de uma reforma em meu gosto e práticas, os antigos amigos agiram com estranhamento e se afastaram. Após uma tentativa de revelar o que aprendi, fui rotulado por muitos como extremista, perfeccionista, entre outros adjetivos. Julgar e rotular alguém que toma decisões coerentes com o que Deus revela, é uma atitude infantil e revela falta de informação e de argumentos dos quem acusam.

Minha esposa sempre foi envolvida nos ministérios da igreja. Foi diretora de jovens e adolescentes até 2017. Eu procurava auxiliar na sonoplastia nos cultos de quartas-feiras e também na escola sabatina, pois estes eram momentos em que usávamos o Hinário Adventista do Sétimo Dia. Mas não mais participamos do ministério de louvor local.

Quando a banda da igreja toca hinos do hinário, tendem a colocar ritmos populares estranhos. Nesses momentos, procuro me ausentar do templo, não por julgamento, mas por que o ritmo agitado me faz muito mal. Então, saio para orar. Isso causa estranheza em alguns irmãos, mas eu tento ser o mais discreto possível. Alguns me questionam e tento explicar minha experiência.

A busca por conhecer a vontade de Deus a partir do conhecimento da música que O agrada me levou a tomar novas decisões com relação a uma alimentação mais saudável e também sobre viver no campo. Durante vinte anos de adventismo, fui contra Ellen G. White e seus escritos, mas nunca havia lido nada. Passei vinte anos “rosnando” toda a vez em que ouvia algo sobre esse assunto, mas Deus me quebrantou após começar a estudar o Espírito de Profecia. Agora consigo enxergar todos os meus erros, e os seus escritos tem me aproximado de Deus. Minha visão se tornou mais ampla e vejo quão indigno sou e quão longe andei da Verdade.

Nós não participamos mais de festanças, glutonaria, jogatinas, filmes, frivolidades, etc. Isso afastou os amigos, que demonstraram gostar mais dessas coisas todas, e não tanto de nós. Oro por eles e não sinto falta das antigas práticas, mas sinto falta das pessoas. 

Hoje, meu papel é buscar dar um bom exemplo e orar. Vivemos no campo e buscamos a direção de Deus por meio de uma vida mais simples, em contato maior com a Sua criação. Meu filho está se desenvolvendo bem no piano, tocando hinos e músicas sacras que exaltam a Deus e edificam a nossa fé. Faço da Bíblia o meu guia e o Espírito Santo tem aberto os meus olhos em vários assuntos. Tenho muito a melhorar e, felizmente, tenho visto como andei errado na igreja certa, e como tantas pessoas, semelhantemente, estão na igreja certa e têm se desviado do que é correto. O fim se aproxima e estamos dormindo, as raposinhas estão entrando e sacudindo a vinha, as flores novas caem com os enganos e poucos frutos estão amadurecendo. Deus nos dê discernimento!

Geraldo Luiz Baia Alvim

Um estilo de vida diferente

Cresci na Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas por muitos anos não compreendia as verdades que Deus nos deixou através da Bíblia e do Espírito de profecia. Somente há alguns anos despertamos para o estudo e para as reformas de vida que precisávamos fazer. 

Então, entendemos através da Palavra de Deus que Ele desejava um estilo de adoração sacra, diferente, reverente, que seguisse os princípios e instruções que nos deixou. Isso envolve muito mais do que apenas música sacra. Envolve todo o nosso ser submetendo-se à vontade do nosso Pai.

Continuamos buscando e, então, descobrimos que somos transformados pela contemplação, e que não devemos colocar coisas más diante dos nossos olhos (Salmos 101:3); e que os nossos olhos são a lâmpada do corpo e se estiverem em trevas, todo o corpo estará também (Mateus 6:22). Resolvemos, enfim, eliminar os entretenimentos que ferem os princípios bíblicos, e que venham de fontes duvidosas, já que a Bíblia diz que a árvore não pode produzir frutos bons e maus. (Mateus 7:18).

Entendemos também que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19), que o Senhor deixou para nós, em nosso tempo, uma mensagem de saúde especial nos escritos de Ellen G. White e que devemos ir muito além de Levítico 11. A partir daí, eliminamos artigos alimentícios de origem animal, refinados, refrigerantes, etc. Notamos uma melhora significativa em nossa saúde física e mental.

Entendemos que a vontade de Deus, para o bem de seu povo, é que todos os que tiverem condições devem se retirar das grandes cidades e estabelecer seus lares no campo, para que possam plantar e colher seu próprio alimento, para contemplar as obras criadas, etc. Principalmente neste tempo difícil de pandemia, verificamos que isso realmente é o melhor para nós. Compreendemos que seria um processo longo e difícil, mas que o Senhor nos daria a capacidade de vencer com o Seu poder. 

Então, me deparei com textos sobre o vestuário. E pensei: "Misericórdia, Pai! Mais essa agora?" Parei de ler e, na época, não procurei me aprofundar no assunto. Não queria saber, muito menos praticar! Ponto! Porém, martelava em minha mente: "Mas você não diz acreditar nos escritos da profetisa do Senhor? Você não fez as demais reformas? Vai pular essa parte por que ela não lhe convém? Vai fingir que não leu? Você não pode ignorar, você vai ter de lidar com isso". E percebi que não seria honesta se ignorasse a mensagem. Sim, Deus deixou uma reforma para o nosso vestuário, com instruções claras sobre isso também! Deu visões a Ellen G. White sobre vestuário, mostrando como Ele gostaria que nos vestíssemos. Aliás, essa reforma foi dada junto ao assunto sobre saúde. Todas vieram da mesma fonte, do mesmo Espírito, do mesmo Deus! 

E assim é com as orientações sobre família, verdadeira educação, finanças, tudo! Amados, é perigoso para as nossas almas se nos servirmos apenas das verdades que nos convém. Devemos examinar o coração e ver se estamos sendo fiéis à luz que recebemos, integralmente. 

Foi aí que a ficha caiu... Entendi que Deus prescreveu para nós um estilo de vida completo! Assim como fez com Israel, lembram? Quando lemos o pentateuco, encontramos orientações sobre tudo para o povo, TUDO. Bem assim é conosco hoje. Deus quer que tenhamos um estilo de vida diferente e isso envolve tudo​. Lembram do relato bíblico sobre a visita da rainha de Sabá? O que a deixou estupefata, de queixo caído, fora de si? O estilo de vida deles, completo. A Bíblia relata:

"Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara, e a comida da sua mesa, e o assentar de seus servos, e o estar de seus criados, e as vestes deles, e os seus copeiros, e os holocaustos que ele oferecia na casa do Senhor, ficou fora de si." (1 Reis 10:4 e 5). E no verso 9, ela louvou o nome do Senhor! Logicamente, ela ficou assim porque tudo o que viu ali era novo! Ora, se assim não fosse, por que haveria de se admirar? 

Que poderoso testemunho! Se seguíssemos estritamente as reformas que Deus nos deixou, quantas rainhas de Sabá viriam até nós? E quantos vem até nós e saem dizendo: "Não há distinção entre nós. Somos iguais; vestimos, falamos e procedemos da mesma maneira.” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 126). Infelizmente não veem nada de novo. 

Então, concluí que a vontade de Deus para nós deve operar transformações de dentro para fora e de fora para dentro. E chegou um momento em que ficou mais fácil enxergar a sujeira que havia em meu próprio coração. E essa, sim, foi e é a mais difícil de remover. Melhor é começar a mudança pelo coração primeiro.

Mas, como Deus sempre atua em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, quando estamos realmente em busca de fazer a vontade dEle, Ele abrirá nossos olhos para enxergarmos que estamos iguais aos sepulcros caiados. Lindos por fora - vida saudável, vestes decentes, falar impecável, estudiosos - mas perdidos ainda, cheios de presunção, egoísmo, de altivez e sem o fruto do Espírito Santo.

De verdade, meus irmãos, se não permitirmos que o Espírito Santo desenvolva seu fruto em nós, todas as reformas serão em vão! Vejo muitos supostos conservadores, reformadores, cheios de ódio, raiva, rancor e maledicência nos lábios. Que se sentem melhores e superiores e que atuam como acusadores dos irmãos, colocando-se no lugar do próprio diabo, ao invés de apenas pregar a verdade como ela é, simples e pura, com AMOR pelas almas! Aí vem a pergunta: o que te motivou a fazer as reformas? O que te move? É para se sentir melhor que os outros ou para agradar ao seu Senhor? 

Por que eu perguntei sobre os motivos do coração? Porque eu também tenho lutado para fazer a vontade de Deus pelos motivos certos, desde quando me deparei com este texto: 

"O amor da influência e o desejo da estima dos outros pode produzir uma vida bem ordenada e frequentemente uma conversação sem falha. O respeito próprio pode levar-nos a evitar a aparência do mal. Pode o coração egoísta praticar atos generosos, reconhecer a verdade presente, e expressar humildade e afeto à vista, e contudo os motivos podem ser enganosos e impuros; as ações que promanam de semelhante coração podem ser destituídos do sabor da vida e dos frutos da verdadeira santidade, sendo alheios aos princípios do puro amor. O amor deve ser acariciado e cultivado, pois sua influência é divina." (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, Vol. 1, p. 208).

Por favor, não faça reformas para depois ficar acusando, criticando irmãos que ainda não chegaram ao mesmo conhecimento que você chegou. Testemunhe com amor. Peça sabedoria a Deus! Não cause opróbrio à verdade. Nenhum ser humano tem o direito de obrigar ninguém e nem de se achar melhor.

E você, quando se deparar com alguém assim, acusador, desequilibrado, briguento, não culpe as mensagens, pois elas todas vêm de Deus. Não menospreze a Palavra. Perceba que o inimigo usa essas pessoas para causar em nós resistência e nos fazer descrer de que essas verdades, se postas em prática, serão bênçãos para as nossas vidas! Nós seremos sermões vivos, antes mesmo de falarmos qualquer coisa. Por favor, considere isso, mesmo que você não esteja disposto a praticar. Você é livre para decidir, mas não critique quem está lutando por isso. Entenda: como faremos a diferença se formos iguais? Pense nisso.

Que o caráter do nosso Senhor JESUS possa ser desenvolvido em nós. E sim, Ele foi obediente até a morte, e morte de cruz! Amém.

Jucilene Souza

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